'A Visita' no Auditório Municipal

27 Abril 2009

Actor Pedro Giestas encarnou a personagem António no monólogo "A Visita". Uma interpretação muito aplaudida por um Auditório Municipal quase lotado. Espectáculo esteve integrado nas comemorações dos 35 anos do 25 de Abril.

Agendado inicialmente para o passado dia 29 de Novembro (não se realizou devido às fracas condições climatéricas), o monólogo teatral "A Visita" encerrou o programa, elaborado pelo Município de Montalegre, comemorativo dos 35 anos do 25 Abril.

Uma noite de qualidade onde o actor Pedro Giestas provou o porquê de ser um dos melhores da sua geração.

"A VISITA"

O espectáculo “A Visita” «é uma co-produção com o Teatro Invisível (de Lisboa) no seguimento de parcerias e residências artísticas promovidas pelo CCPL. Um espectáculo construído com linguagem teatral experimental, que tem como base dramatúrgica os elementos da tradição rural, o resgate de costumes, tradições e falares, o universo poético do popular, transportado para a ficção do teatro numa linguagem contemporânea. O imaginário de um homem esquecido numa aldeia de Portugal, interpretado pelo actor Pedro Giestas. A história imaginada de um “António”, sobrevivente numa aldeia deserta. A memória desse António, testemunho do vazio. António abandonado, aquele que ficou esquecido. A terra deserta, a tradição deserta. A identidade esquecida. “António”, mesmo sem ser explícito, denuncia a perda da nossa identidade cultural, no conflito entre a tradição e a modernidade. António, é feito de memórias, sonhos, saudade, raiva e vontade. A luta patética que trava com o invisível da própria vida, a comédia e a loucura da sua resistência, são os principais condimentos utilizados na construção deste espectáculo».

OBJECTIVOS

Foi intenção deste espectáculo «desafiar os preconceitos do mundo artístico contemporâneo, para com o teatro que se referencia na cultura popular. Emocionante, divertido, poético, patético, mágico. Um espectáculo para todos os públicos amantes do bom teatro. Com “A VISITA” queremos chamar a atenção para a problemática do Homem, diante da desertificação das aldeias, o abandono de uma cultura com identidade própria, o esquecimento daquilo que somos».

FICHA TÉCNICA

Texto e encenação: Moncho Rodriguez
Interpretação: Pedro Giestas
Música: Narciso Fernandes
Iluminação e som: Joana Veloso / Ramon Barreto / Cândido Miranda
Figurinos: Marília Martins / Lurdes Dourado
Cenários e adereços: Lino Gonçalves / Luís Direito / Bruno Cunha – Equipa do CCPL
Programação: Joana Veloso
Produção executiva: Paulo Reis
Co-Produção: Teatro Invisível
Coordenação de Pesquisa: Ana Gonçalves
Apoio na Pesquisa: Técnicos da Câmara Municipal de Montalegre
Fotografia: Ana Gonçalves / Rui Pitães
Imagem: Tamanho Real
Produção: Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso
Parceiros: Câmaras Municipais de Amares, Cabeceiras de Basto, Fafe, Montalegre, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vila Verde
Público: a partir dos 12 anos. Recomendado também para públicos escolares a partir do 10º ano.
Duração: 1h15

PEDRO GIESTAS

O actor Pedro Giestas possui o curso de Formação de Actores do Conservatório Nacional, no ano de 1995 e licenciou-se em Teatro e Educação pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em 2000.
Conta com inúmeros projectos na área do teatro, cinema e televisão. Destaca os trabalhos com os encenadores Carlos Avilez, Ricardo Pais, Ana Nave, Maria Emília Correia, Maria Céu Guerra, Mário Viegas, Juvenal Garcês, Rui Mendes, Almeno Gonçalves.
O seu percurso profissional é também marcado por varias encenações, declamação de poesia, formação de actores ao nível da interpretação e movimento e pela fundação de dois grupos de teatro.
Mais recentemente, criou o Teatro Invisível com o qual iniciou a criação de novas dramaturgias, cujo primeiro resultado é Bululú, espectáculo e encenação de Moncho Rodriguez. Com este criador, tem vindo a manter uma parceria profissional que resultou em espectáculos, como o Castelo das Paixões e O Donzel do Cavaleiro Dom Quixote.

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