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- Autarquia
Dívida da Câmara de Montalegre
07 Maio 2009
Câmara de Montalegre é das autarquias que melhor paga e que mais capacidade financeira tem. Quem o diz é a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e estudos independentes como o anuário dos Técnicos Oficias de Contas. Na última Assembleia Municipal, a dívida foi explicada, com detalhe, pelo Presidente da Câmara que afirmou que o municipío vai cada vez fazer mais obras.
Na última Assembleia Municipal de Montalegre, Fernando Rodrigues, presidente da autarquia, explicou aos deputados, de uma forma clara, a dívida que actualmente possui o municipio. Num discurso simples e frontal, o autarca começou por declarar o montante da dívida a fornecedores contabilizado em 2.957.564 euros.
Posto isto, Fernando Rodrigues explicou a evolução da dívida da Câmara de Montalegre ao longo dos últimos meses: «em Fevereiro de 2008 era de 3.509.000 euros, em Abril era de 3.192.000 euros, em Junho era de 3.008.000 euros, em Setembro era de 3.559.000 euros, em Dezembro era de 5.496.000 euros e em Fevereiro último de 4.017.000 euros e agora é de 2.957.564 euros».
«TEMOS UMA BOA
SITUAÇÃO FINANCEIRA»
Sem se deter, o presidente garantiu que a câmara apresenta «uma boa situação financeira e uma das dívidas a fornecedores das mais baixas dos últimos», cenário que até podia ser melhor como fez questão de frisar: «podíamos ter diminuído este valor em mais 1.234.000 euros porque foi o valor de receitas que serviu para abater à dívida de médio prazo. E esta situação não se vai inverter na próxima Assembleia, já que, mesmo que cresçam as normais despesas, dispomos hoje de um saldo financeiro de cerca de 500.000 euros. Quer isto dizer que a dívida a fornecedores, se tivéssemos concentrado aí todos os nossos recursos, seria neste momento não 2.957.756, mas 1.220.000 euros. O que, para ano eleitoral, até poderá causar admiração».
AUTARQUIA
CUMPRIDORA
No rol de explicações proferidas, Fernando Rodrigues, esclareceu que «a Câmara deve 1.330.000 euros a uma empresa, consignada por factoring, 272.849,00 euros a outra empresa, na mesma forma de factoring, e uma factura recente de 285.483.000 euros do Centro Escolar, o que totaliza 1.887.000 euros, ficando apenas cerca de 1.100.000 euros de dívida a todos os outros fornecedores: Assim se prova a boa saúde financeira, a capacidade cumpridora da Câmara e a boa gestão municipal».
A reforçar as palavras, o edil sublinhou que «esta verba de 1.100.000 euros poderia ser paga no próximo mês e só ficávamos com dívida a três fornecedores. E ainda há quem, de forma demagógica fale em dívida da Câmara. E não se pode dizer que esta situação resulta de uma paragem ou do “veto de gaveta” das facturas. Não. Em Fevereiro a Câmara tinha de despesas 1.296.641 euros e até agora já somou 5.519.338 euros. O que quer dizer que a Câmara anulou este diferencial e ainda anulou mais 1.060.000 euros, correspondente à diferença da dívida de agora, 2.957.564 euros, para o valor de Fevereiro, de 4.017.000 euros».
CRÍTICAS
INFUNDADAS
Chegado a este ponto, Fernando Rodrigues aproveitou para dizer à plateia que as críticas que fazem ao executivo municipal, no que concerne à dívida, não têm qualquer fundamento até porque as obras no concelho de Montalegre não vão parar: «pretende-se condicionar a câmara para que não se fizessem obras. Mas quero dizer que lançamos os saneamentos do PNPG sem termos financiamento garantido, fizemos dívidas, mas pagamo-las porque conseguimos posteriormente o financiamento. Remodelamos o Campo da Feira, fizemos a bonita obra da sede do Ecomuseu de Barroso em Montalegre que vai ser inaugurada dia 9 de Junho, e algumas obras de estradas. E devemos durante algum tempo. Mas se as não temos feito não teríamos recebido agora dos fundos comunitários cerca de 2.200 mil euros. Isto é, se não fossemos ousados e se tivéssemos seguido o caminho daqueles que nos criticam, não tínhamos dívida, mas não tínhamos obras e teríamos sido incompetentes porque não aproveitávamos os fundos comunitários».
A rematar, o presidente anunciou: «quero dizer, que fizemos dívida, pagamos e iremos fazer mais, para obras imprescindíveis, com a responsabilidade de a pagar. Mesmo assim, quem fala em dívida devia saber que a Câmara de Montalegre está naquelas que melhor paga e que mais capacidade financeira tem. É a DGAL que o diz e são os estudos independentes com o anuário dos Técnicos Oficias de Contas».